A membrana celular fronteira biológica que
delimita o perímetro da célula separando o meio intracelular do extracelular.
A membrana celular, que envolve todas as
células, não é totalmente impermeável, constituindo uma barreira selectiva que
permite a troca de algumas substâncias entre o exterior e interior. Nas células
eucarióticas permite também o suporte do citoesqueleto que dá forma à célula, e
a ligação à matriz extracelular/parede e outras células permitindo a formação
de tecidos.
O isolamento de membranas plasmáticas
através de técnicas especiais permitiu identificar os seus constituintes. As
membranas podem-se considerar complexos lipoproteícos, constituídos por
proteínas, lípidos e glícidos, variando em quantidade de célula para célula.
Fonte: wikiciencias
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A organização estrutural da membrana é bastante
complexa, razão pela qual longo do tempo têm surgido vários modelos
explicativos. Nageli e Cramer, em 1885, descobriram que as células possuem uma
membrana que as envolve. Mais tarde, a descoberta dos lípidos como um dos seus principais
constituintes devem-se às experiências de Overton, em 1899, que observou que a
velocidade de penetração de uma substância na célula dependia da sua
solubilidade em lípidos: quanto mais solúvel mais rápido o atravessamento da
membrana.
Nageli e Cramer,
em 1885, descobriram que as células possuem uma membrana que as envolve. Mais
tarde, a descoberta dos lípidos como um dos seus principais constituintes
devem-se às experiências de Overton, em 1899, que observou que a velocidade de
penetração de uma substância na célula dependia da sua solubilidade em lípidos:
quanto mais solúvel mais rápido o atravessamento da membrana.
O primeiro
modelo estrutural a ser proposto foi o da bicamada fosfolipídica, em 1925,
por E. Gorter e R. Grendel. Os dois cientistas propunham que a membrana celular
seria composta por duas camadas de fosfolípidos cujas extremidades apolares
hidrofóbicas estariam voltadas para o interior da membrana e as extremidades
polares, hidrófilas estariam voltadas para o exterior, contactando com o meio
interno e externo da célula.
Fonte: wikiciencias |
Este modelo foi
revisto por Davson e Danielli, em 1935, que baseados em estudos de permeabilidade
e de tensão superficial da membrana propuseram uma estrutura um pouco mais
complexa. A bicamada fosfolipídica seria revestida, externa e internamente, por
uma camada proteica associada às extremidades polares hidrófilas dos
fosfolípidos. A bicamada fosfolipídica teria interrupções – poros –
revestidos internamente por proteínas que permitiam a passagem de substâncias
polares através da membrana e as não polares atravessariam a bicamada
diretamente
À medida que
avançaram os estudos sobre a estrutura membranar, alguns dados não corroboraram
o modelo de Davson e Danielli. Análises quantitativas aos constituintes
membranares revelaram que as proteínas não existiam em quantidade suficiente
para cobrir toda a superfície da camada fosfolipídica. Para além disso
observaram que as proteínas alteravam a sua posição, evidenciando um
comportamento dinâmico da organização membranar.
Surge então
o modelo de mosaico fluido de Singer e Nicholson, em 1972. Este
modelo admite uma estrutura membranar não rígida, permitindo uma fluidez das
suas moléculas. Os fosfolípidos não estão estáticos nas camadas, podendo
mover-se lateralmente trocando de posição com outros fosfolípidos na mesma
camada e ocasionalmente, sofrendo transversões de uma camada para a outra.
O modelo considera
a existência de dois grandes grupos de proteínas: as integradas e as
periféricas. As proteínas periféricas ou extrínsecas, definidas como
proteínas que se dissociam da membrana após tratamentos com reagentes polares
que não destroem a bicamada. As proteínas integradas ou intrínsecas, pelo
contrário só podem ser dissociadas da membrana por disrupção da bicamada
lipídica.
Fonte: Wikiciencias
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